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Setembro Amarelo é uma campanha que, ano após ano, busca quebrar o silêncio em torno da saúde mental e da prevenção do suicídio. Quando pensamos nesse tema, é comum que a atenção esteja voltada para adolescentes e jovens adultos. No entanto, existe um grupo que muitas vezes permanece invisível nessas discussões: os idosos. A terceira …

Setembro Amarelo é uma campanha que, ano após ano, busca quebrar o silêncio em torno da saúde mental e da prevenção do suicídio.

Quando pensamos nesse tema, é comum que a atenção esteja voltada para adolescentes e jovens adultos. No entanto, existe um grupo que muitas vezes permanece invisível nessas discussões: os idosos.

A terceira idade é um dos períodos da vida em que o risco de suicídio é mais alto, e justamente por isso precisamos falar sobre o assunto com seriedade, empatia e acolhimento.

O tabu de falar sobre suicídio em idosos

A ideia de que pessoas mais velhas poderiam pensar em abreviar a própria vida ainda causa estranhamento. Muitos acreditam que o idoso, por ter “vivido bastante”, estaria mais preparado para enfrentar perdas, doenças ou limitações. Essa é uma visão equivocada.

O envelhecimento traz transformações físicas e emocionais que podem gerar vulnerabilidade. A solidão, o isolamento social, a perda de parceiros ou amigos, as dificuldades financeiras e o medo de se tornar um fardo para a família são fatores que aumentam o risco de sofrimento psíquico.

Silenciar esse tema não protege ninguém. Pelo contrário: impede que os sinais sejam identificados e que a pessoa receba ajuda no momento certo. Falar sobre suicídio não estimula o ato, mas abre espaço para que histórias de dor sejam ouvidas e transformadas em caminhos de cuidado e esperança.

Por que a terceira idade é um grupo de risco

Dados de saúde pública mostram que a taxa de suicídio em idosos é elevada em diversos países, inclusive no Brasil. As razões são multifatoriais. Entre as mais recorrentes estão:

  • Isolamento social: com a aposentadoria, a saída dos filhos de casa e a perda de vínculos, muitos idosos passam a viver sozinhos. A falta de companhia cotidiana potencializa sentimentos de abandono e tristeza.
  • Luto e perdas sucessivas: a morte de cônjuges, irmãos ou amigos próximos é dolorosa e pode desencadear um vazio difícil de ser preenchido.
  • Doenças crônicas e limitações físicas: dores constantes, mobilidade reduzida e diagnósticos de doenças progressivas impactam diretamente no bem-estar emocional.
  • Depressão não diagnosticada: em idosos, os sintomas depressivos muitas vezes são confundidos com o processo natural de envelhecimento, o que atrasa o tratamento.
  • Sensação de inutilidade ou de fardo: quando a autonomia diminui, muitos acreditam que estão atrapalhando a vida dos filhos ou netos.

Esses fatores, somados à falta de acompanhamento especializado, criam um terreno propício para pensamentos suicidas.

Escutar é prevenir

Um dos pilares da prevenção é a escuta ativa. Quando o idoso sente que sua dor é validada e sua fala respeitada, ele encontra espaço para compartilhar sentimentos que, de outra forma, ficariam guardados. Perguntar “como você está se sentindo?”, “o que tem sido mais difícil para você?” ou simplesmente se dispor a ouvir, sem julgamentos, pode salvar vidas.

É importante que a família esteja atenta a sinais como: retraimento repentino, frases que expressem desesperança, perda de interesse por atividades antes prazerosas, alterações no sono e na alimentação. Pequenos gestos podem revelar grandes sofrimentos.

O papel da família e da comunidade

Prevenir o suicídio na terceira idade não é tarefa de uma única pessoa. É um compromisso coletivo. A família tem papel fundamental, mas a rede de apoio também inclui vizinhos, amigos, comunidades religiosas, grupos de convivência e profissionais de saúde. Incentivar o idoso a manter contato com pessoas queridas, participar de atividades culturais e sociais e cultivar hobbies ajuda a fortalecer laços afetivos e diminuir a solidão.

A comunidade, por sua vez, pode criar espaços de pertencimento, como centros de convivência para a terceira idade, oficinas de arte, rodas de conversa e programas de voluntariado. A mensagem que precisa ser transmitida é clara: o idoso continua sendo parte essencial da sociedade e sua história ainda tem muito valor.

O olhar da psicologia e da psiquiatria

O acompanhamento psicológico e psiquiátrico é indispensável para muitos casos. Psicoterapia, uso de medicação adequada e atividades de estimulação cognitiva oferecem ferramentas para lidar com a dor emocional.

Infelizmente, ainda existe resistência entre alguns idosos em procurar ajuda profissional, seja por preconceito, seja por falta de informação. É aqui que a família e os cuidadores podem atuar como pontes, mostrando que buscar apoio não é sinal de fraqueza, mas de coragem e autocuidado.

O cuidador como elo de proteção

Cuidadores de idosos exercem um papel especial na prevenção do suicídio na terceira idade. Por estarem presentes no dia a dia, são capazes de identificar sinais que muitas vezes passam despercebidos pela família. Um comentário de desânimo, uma mudança no padrão de sono, a recusa em se alimentar ou a falta de interesse em atividades podem ser alertas importantes.

Na Geração de Saúde, os cuidadores são preparados não apenas para atender às necessidades físicas, mas também para oferecer suporte emocional. Conversar, estimular atividades cognitivas, acompanhar em passeios e garantir a adesão ao tratamento médico são formas práticas de promover bem-estar e reduzir riscos.

Histórias que merecem ser ouvidas

Imagine uma senhora de 82 anos que perdeu o companheiro de uma vida inteira. De repente, ela se vê sozinha em casa, cercada por lembranças, mas sem energia para seguir com a rotina. Sem o olhar atento de um cuidador e sem a escuta da família, esse vazio pode se transformar em desesperança profunda.

Agora, imagine essa mesma senhora recebendo visitas regulares, participando de atividades leves de leitura e música, sendo estimulada a caminhar no jardim e a compartilhar suas memórias com os netos. O que antes era silêncio se transforma em oportunidade de conexão e afeto.

É essa a diferença que o cuidado humanizado faz: devolve ao idoso o senso de pertencimento e mostra que sua história continua sendo importante.

Setembro Amarelo: um convite ao diálogo

O Setembro Amarelo nos lembra de que falar é o primeiro passo para prevenir. Ao trazer o tema do suicídio em idosos para a pauta, ampliamos a consciência de que a terceira idade não é sinônimo de fim, mas de continuidade. Continuar vivendo, aprendendo, se relacionando, encontrando novos significados.

Cada idoso carrega uma biografia única, feita de experiências, conquistas e superações. Honrar essas histórias significa cuidar para que elas possam ser contadas por mais tempo, com dignidade e respeito.

O compromisso da Geração de Saúde

Na Geração de Saúde, acreditamos que envelhecer com qualidade vai muito além do aspecto físico. Envolve acolhimento, escuta e presença diária. Nossos cuidadores são treinados para perceber nuances, oferecer companhia e estimular a vida em todas as suas formas — seja com uma conversa, um passeio, a organização da rotina de medicamentos ou o simples gesto de estar ao lado.

Com serviços de atendimento domiciliar, acompanhamento hospitalar, plantões emergenciais e estímulo físico e cognitivo, a empresa se tornou referência em cuidado humanizado. Mais do que atender, buscamos estar presentes de forma integral, ajudando famílias a oferecerem segurança e tranquilidade aos seus entes queridos.

Se você tem um familiar idoso e deseja garantir que ele seja cuidado com atenção e respeito, clique aqui e conheça os diferenciais da Geração de Saúde.

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